19 de dezembro de 2008

Currículo - Flavio Souza

Contador de Histórias, palhaço e ator. Atualmente cursa o mestrado em teatro no Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da UNIRIO. Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, UNIRIO, no bacharelado em interpretação e também em licenciatura em artes cênicas. Sua pesquisa acadêmica integra o ofício do palhaço e do contador de histórias investigando a bricolagem como procedimento criativo para o treinamento e a criação artística do ator contemporâneo.

Como contador de histórias atua regularmente na Divisão de arte e educação do Museu de Arte Contemporânea/MAC de Niterói desde 2004. Teve passagem pela Bienal do Livro de 2006 no stand do SESC. Trabalhou no programa educativo do Centro Cultural do Banco do Brasil, assim como em diversas instituições particulares e escolas.

Como palhaço participa do Programa Interdisciplinar de Extensão, Ação e Pesquisa Enfermaria do Riso coordenado pela professora Ana Achcar na UNIRIO. Atuou como palhaço-enfermeiro de 2000 a 2005 nas dependências do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. A partir de 2005 faz residência artística no Programa como artista convidado, atuando na formação e no treinamento de novos palhaços. Em 2007 dirigiu dentro do projeto o espetáculo PalhaSOS, com recursos do governo federal via o Edital Jovens Artistas.

Como ator foi criador da Confraria da Paixão realizando os espetáculos: A História de Amor de Romeu e Julieta, de Ariano Suassuna. A Farsa da Boa Preguiça, também de Ariano Suassuna. Vem buscar-me que ainda sou teu, de Carlos Alberto Soffredini, todos com direção de Elza de Andrade. Atuou ainda nos espetáculos Arq-móvel, estamos em trânsito e Sala-de-estar, de Andrea Jabor; O Muro de Adriana Schneider com o Grupo Pedras; O selo e o sal de Fábio Cordeiro e As Aventuras de Tabarin de Ana Carbatti. Atualmente atua no espetáculo 2 números da Cia Teatro Portátil com direção de Alexandre Boccanera.

Foi professor de interpretação e caracterização na Escola Estadual de Teatro Martins Penna de 2003 a 2006. Na escola realizou os trabalhos Sofrônia, Casamento e A chave, o chapéu e o rabo do peixe. Todos criados a partir de material literário e narrativo levados à cena. Nesta mesma linha de trabalho dirigiu dois espetáculos de formatura: Fervor, a partir de fragmentos de um discurso amoroso de Roland Barthes, e Nunca se sabe quando tudo isso pode ser fatal, a partir de contos de terror. Como diretor seu trabalho mais significativo foi o infantil O Cavalo Mágico, espetáculo realizado a partir do conto homônimo da tradição Sufi. O Cavalo Mágico recebeu diversos prêmios, sendo o mais importante o de Melhor Cenário no Prêmio carioca Zilka Salaberry de Teatro Infantil organizado pelo Cepetin.

Fez estágios com Sotigui Kouyaté - griot, Contador de Histórias e ator africano; Leris Colombaioni, palhaço italiano; Léo Bassi, palhaço espanhol; Fabianna de Melo e Souza, trabalhando o jogo das máscaras Balinesas; Roberto Inoccente, atuação com máscaras de commedia dell’arte; Natalie Schumann, Análise do Movimento Dançado e com Francisco Gregório Filho, oficina de contador de histórias.

Como figurinista trabalhou nos seguintes espetáculos: 2 números, de Alexandre Boccanera; Mangiare, de Fabianna de Melo e Souza; A farsa de Mirandolina e Arlequim e o Quadro das Maravilhas, de Roberto Innocente; Valentin, de Ana Achcar; O selo e o sal, de Fábio Cordeiro.

23 de junho de 2008

MENU DE HISTÓRIAS

ESCOLHA UM FORMATO:

As sessões de histórias podem ser organizadas em dois formatos:

1- para grupos pequenos de até 50 pessoas apresentados em salas menores tais como bibliotecas, pequenos auditórios, salas de leitura e museus. Uma proposta de apresentação mais intimista onde o contato com o público se dá de maneira próxima ao contador permitindo maior interferência e interação no trabalho. Todas as histórias do repertório podem ser apresentadas nesse formato com exceção de “A chave, o pássaro e o príncipe azul” e “Só sei que foi assim”.

2- para grupo com mais de 50 pessoas apresentados em teatros com estrutura mínima de luz e sonorização. Todos os trabalhos do repertório podem ser apresentados nesse formato.


ESCOLHA UM HISTÓRIA:



O barco vermelho
Inspirado em autores nacionais contemporâneos como Silvia Orthof , Ilo Krugli e outros, o barco vermelho conta a trajetória de um barco que no percurso do rio até o mar aprende sobre a liberdade sobre fazer amigos e a encontrar seu caminho. Com uma estrutura semelhante as fábulas que dão vida a objetos e animais, o barco vermelho utiliza-se da metáfora do rio como o percurso da vida e as aventuras do barco como os percalços e desafios que encontramos quando nos aventuramos a descobrir coisas novas. O texto mistura as aventuras do barco, aquilo que ele encontra no caminho, com curiosidades sobre a própria estrutura de embarcações, sobre os rios, os bichos e o próprio ato de navegar.

Os príncipes enfeitiçados:
A partir de histórias colhidas da tradição oral européia são apresentadas duas histórias onde os príncipes, ao contrário de muitos contos tradicionais, são salvos pelas princesas. Os dois contos apresentam um universo mágico de objetos encantados e seres mágicos que contornam a vida dos personagens mostrando um universo cheio de desafios a serem enfrentados pelas princesas corajosas.


Maremoto:
Uma coletânea de cinco histórias que foram integradas pelos contadores formando uma única narrativa. Uma história onde o mar é o personagem principal. A partir de histórias coletadas da tradição oral brasileira, japonesa, italiana e chinesa, Maremoto conta as aventuras de um pescador que salva uma tartaruga, desencadeando uma série de outros eventos que acabam por modificar o curso da vida do príncipe Andrezinho e da princesa Ismália.


O vôo sobre o oceano.
Livremente inspirado em uma novela radiofônica de Berthold Brecht. Essa é a história de um aviador que procura um avião perfeito para levá-lo de um continente ao outro, por cima do oceano Atlântico. O aviador enfrenta vários desafios até cumprir seu objetivo: enfrenta o nevoeiro, a nevasca, o sono, conversa com o motor, entre outros desafios.

A chave, o livro e o príncipe azul.
Histórias populares da tradição oral medieval, recontadas pelo pequenoteatro.

Só sei que foi assim.
Histórias populares da tradição oral brasileira, recontadas pelo pequenoteatro.

OFICNAS

O contador de histórias pelo olhar do palhaço

A oficina trabalha investigando quais os pontos de intersecção entre essas duas linguagens artísticas e como podem se complementar. O objetivo é revelar particularidades do jogo do palhaço na formação e no treinamento do contador de histórias, tais como a relação com a platéia, a descoberto de um olhar pessoal e específico sobre a história, a relação com o humor e gags clássicas. Carga horária mínima: 15h

O corpo da palavra

A partir de experiências sonoras aliadas a expressão física o contador é levado a descobrir outras formas de trabalhar o corpo e a sonoridade com o texto. O trabalho visa uma maior sensibilização física, no sentido de revelar formas expressivas do corpo interagir com a palavra do contador aprofundando a sua performance. Carga horária mínima: 6h

O contador de histórias e a bricolagem.

A partir do conceito de bricolagem, elaborar a partir de outros objetos um novo objeto, essa oficina trabalha a estrutura básica de compreensão da pesquisa do pequenoteatro sobre a arte de contar histórias. O Contador de histórias é pensado como um artesão que mistura referências distintas, inclusive pessoais, a forma de elaborar o conto trabalhado. São trabalhados conteúdos como a relação do contador com o espaço, com objetos, com o som e a música. Os participantes são estimulados a reconhecer o que chamamos de inventário pessoal de trabalho. o que se quer é que a experiência construída no palco seja partilhado no momento presente pelo público e por aquele que narra. Carga horária mínima 20h


As oficinas podem ser também realizadas com carga horária aumentada possibilitando maior aprofundamento no tema abordado. É necessário espaço amplo de trabalho, com aparelho de som e iluminação adequada.

APRESENTAÇÃO

Contar de histórias recupera uma comunicação pessoal que parece não combinar com o mundo rápido e informatizado da atualidade, essa comunicação particular é feita ao vivo, de pessoa para pessoa. O contador de histórias retorna a esse lugar humano de compartilhar experiências e idéias através das narrativas e da relação com o imaginário. É uma das atividades mais antigas do mundo. É uma prática fundamental de qualquer comunidade. Sem elas talvez não estivéssemos conscientes do nosso passado nem das nossas relações com o próximo ou com o mundo.

O trabalho do pequenoteatro mistura na sua estrutura de trabalho duas linguagens artísticas que primam pela necessidade da comunicação com o público, duas linguagens artísticas que trabalham para mobilizar no espectador essa comunicação tão necessária nos dias de hoje. Unindo a experiência do palhaço com o ato de contar histórias, nossa busca é transformar a narrativa de histórias em um jogo com a platéia. Nesse jogo de contar histórias o ouvinte é convidado a colocar a imaginação trabalhando, ele completa com a sua experiência as imagens criadas, que necessitam do espectador para tomar forma, eleparticipa no momento da performance como um interlocutor. O espectador é convidado a conversar com a história e brincar com ela, afinal “ninguém escapa de uma boa história”.

Contar histórias é uma arte em si, não é literatura nem é teatro. O trabalho do contador de histórias no pequenoteatro é elaborado a partir da prática da bricolagem, influenciado pela prática narrativa do mestre Griot Sotigui Kouyaté. Os contadores trabalham como artesãos, misturando técnicas artísticas diversas para construir uma rede de comunicação expressiva com os espectadores, uma comunicação que se dá não só pela palavra dita mas por todo um conjunto de jogos corporais e sonoros que se somam construindo uma estética de trabalho onde o corpo comunica tanto quanto o texto. O corpo é utilizado aqui como o instrumento principal para a construção da narrativa. A palavra ganha forma no corpo do contador, e esse traz consigo um jogo de entrar e sair da história. O que chega aos ouvintes é um contato não só com o conto narrado mas também com a própria pessoa do contador, que mistura sua história pessoal e sua forma de ver o mundo aos eventos do conto.

Trabalhando para que a experiência transmitida no relato seja comum ao narrador e aos ouvintes. O ato de contar histórias é considerado um procedimento que investiga a natureza artística mais profunda, a natureza que tem a necessidade de dizer, de se comunicar, de entrar em contato com o outro. Dessa necessidade nasce a capacidade do indivíduo encontrar seus próprios conteúdos e se conectar com aquilo que realmente o afeta. Sempre que um contador de histórias começa a narrar, estabelece uma relação de afeto com quem o escuta, abrindo uma porta para o mundo criado, permitindo aos ouvintes construir imagens, refletir sobre conteúdos, passear por emoções.

8 de junho de 2008

Contato


se quiser mais informações é só mandar um e-mail, clique AQUI


4 de junho de 2008

A cor das Histórias

Museu de Arte Contemporânea - MAC
Niterói - RJ
Domingos - 16h